Japão
Cor
133 min.
Romaji: Batoru rowaiaru II: Chinkonka
Japanese: バトル・ロワイアル II~鎮魂歌(レクイエム)~
Direção: Kenta Fukasaku e Kinji Fukasaku
Roteiro: Kenta Fukasaku, Norio Kida e Koushun Takami
Produtores: Kenta Fukasaku, Kimio Kataoka, Hikaru Kawase e Masumi Okada
Elenco: Tatsuya Fujiwara (Shuya Nanahara), Ai Maeda (Shiori Kitano), Shugo Oshinari (Takuma Aoi), Ayana Sakai (Nao Asakura), Haruka Suenaga (Haruka Kuze), Yuma Ishigaki (Mitsugu Sakaki), Miyuki Kanbe (Kyoko Kakei), Masaya Kikawada (Shintaro Makimura), Yoko Maki (Maki Souda), Yuki Ito (Ryo Kurosawa), Natsuki Kato (Saki Sakurai), Aki Maeda (Noriko Nakagawa), Riki Takeuchi (Riki Takeuchi), Aja (Kazumi Fukuda), Munetaka Aoki (Jun Nanami), Riasu Arama (Rena Niimi), Sonny Chiba (Makio Mimura), Seiichi Ebina (Tatsuro Morishima), Ryoji Fujihira (Masami Shibaki), Maki Hamada (Chizuru), Ayumi Hanada (Ryoko Hata), Kenji Harada (Naoki Jo), Hitomi Hasebe (Asuka Motomura), Takaaki Ikeyama (Yasuaki Hosaka), Asuka Ishii (Maho Nosaka), Hiroaki Ito (Soldado), Ai Iwamura (Mai, a vencedora sorridente do Programa Battle Royale I), Kotaru Kamijou (Kenji Maezono), Minami Kanazawa (Yuko Natsukawa), Ryo Katsuji (Haruya Sakurai), Asami Katsura (Risa Shindo), Mika Kikuchi (Ayane Yagi), Takeshi Kitano (Kitano), Musashi Kubota (Wataru Mukai), Miku Kuga (Kengo Yonai), Maika Matsumoto (Shiho Matsui), Michiho Matsumoto (Sanae Shioda), Yoshiko Mita (mãe de Takuma), Chisato Miyao (Hibiki Yano), Akane Mizuno (Sayaka), Yuuko Morimoto (Kana Yuki), Aiko Moriuchi (Miki Ikeda), Mitsuru Murata (Soji Kazama), Ami Nakagawa (Honami Totsuka), Kayo Nayuki (Eri Yoshiyama), Yuya Nishikawa (Nishi), Kenji Ohba (Camarada de Mimura), Nanami Oota (Hitoe Takeuchi), Yuka Ozawa (Shinobu), Gou Ryugawa (Tenente Anjo), Rika Sakagushi (Yuka Mifune), Mai Sakamoto (Shoko), Makoto Sakamoto (Osamu Kasai), Mikiya Sanada (Soldado da ATAT), Shoko Sato (Nozomi Sagisawa), Takeru Shibaki (Shugo Urabe), Mitsuki Shimada (Membro do 'Wild Seven'), Sae Shimizu (Ai Yazawa), Hikaru Takahashi (Soldado da ATAT), Kei Tamura (Tatsuhiko Hasegawa), Takeshi Tanaka (Masakatsu Taguchi), Takashi Taniguchi (Líder do Time de Ataque Anti-Terrorista), Masumi Tooyoka (Yukari), Toshiyuki Toyonaga (Shota Hikasa), Masahiko Tsugawa (o Primeiro-Ministro), Haruka Umeda (Aya), Soko Wada (Satoshi Imakire), Kouta Yamada (Tetsuya Shimura), Kazuki Yamamoto (Yosuke Miyadai), Nana Yanagisawa (Mayu Hasuda), Takahiko Yanagisawa (Shiro), Kazutoshi Yokoyama (Soldado da ATAT), Yasutake Yuboku (Kiyoshi Minamoto), Takashi Yukawa (Membro do 'Wild Seven'), Yasuomi Sano (Kazuhiko Yamamoto), Michi Yamamura (Repórter), Yuuma (Yuuma)
Cinematografia: Junichi Fujisawa
Edição: Hirohide Abe
Música: Masamichi Amano
Datas de lançamento: 18 de maio de 2013 (Cannes); 05 de julho de 2013 (Japão)
Companhia Produtora: Fukasaku-gumi
Distribuidora: Toei Company
Idioma: Japonês
Sinopse
Três anos se passaram desde o infame massacre de Battle Royale, e uma das crianças que sobreviveu ao jogo sangrento – Shuya Nanahara (Tatsuya Fujiwara) – criou um grupo terrorista, declarando guerra aos adultos japoneses. Um novo jogo é estabelecido pelo governo, e desta vez os 42 alunos selecionados aleatoriamente recebem a tarefa de invadir a ilha-fortaleza dos terroristas para matar Nanahara em três dias - ou eles próprios serão exterminados.
⚖️Créditos Da Sinopse: Asian Wiki
Postagens anteriores:
Battle Royale – Koushun Takami
Battle Royale: Angels’ Border – Koushun Takami, Mioko Ohnishi & Youhei Oguma
Inomináveis Saudações a todas e todos vós, Seres Do Mundo!
Assim como ocorreu com as pesquisas que fiz antes de assistir o Anime de Aku no Hana, o mesmo se deu com este filme. Eu sempre considero muito engraçado o quanto determinadas pessoas se empenham tanto em falar de tantos assuntos sem ter, pelo menos, um fundo cultural sólido. Junto a isto, há certo preconceito sobre a forma como os asiáticos costumam conduzir suas produções cinematográficas (o mesmo ocorrendo com Séries), que é a de nada entregar ruidosa e escandalosamente, construindo tudo em um clima que preza pelo conteúdo acima de tudo. Voltando a esta continuação do sensacional Battle Royale que adaptou no ano 2000 o livro homônimo, a obra em si foi massacrada pelos diversos “críticos” que, em todos os idiomas, despejam pela Internet os maiores ataques viscerais, afastando quem se deixa influenciar por tais comentários. Dito isto assim de um modo a me localizar para esta Resenha, no que pretendo focar na mesma, não sou de me deixar levar por comentários detonando uma obra artística e assisti no domingo (09 de junho de 2024) a este tão atacado produto da Franquia Battle Royale. Positivamente, me surpreendi com tudo o que assisti, o que me fez perguntar a mim mesmo: por que tantas pessoas pelo mundo odeiam a este filme?.
Ao invés de perder tempo tentando, nesta Resenha, responder a tal pergunta, vou me concentrar na produção em si, o que renderá muito mais no resultado final da Resenha como um todo. Sendo um filme totalmente independente do primeiro, no que toca na obrigação de não ser restrito a adaptar um segundo livro escrito por Koushun Takami (o qual colabora com o Roteiro desta continuação), ele pode ser visto como uma exposição mais ampla das discussões e posicionamentos adotados, defendidos e sugeridos nas entrelinhas (como destaquei na Resenha do primeiro filme) de seu antecessor. Kinji Fukasaku teve um mal súbito durante o início das filmagens, o que veio a resultar, infelizmente, no falecimento dele; seu filho, Kenta Fukasaku, o substituiu na Direção, estando apenas algumas cenas já filmadas (como a breve participação de Takeshi Kitano); sendo assim, as diferenças entre este filme e o primeiro se concentram no tom e no contexto utilizados dentro de suas metragens. Requiem, diferente do primeiro, já vai por um caminho mais franco, direto, corrosivo e brutal, abrindo espaços para um maximizado apelo dramático e de urgência inexistentes no filme anterior. Dentro dessa diferença, encontram-se suas qualidades e seus defeitos, não sendo um filme perfeito pelo fato de não ter se aprofundado em muitos Personagens e nem ter aberto espaço para mais diálogos. Não é uma obra-prima distópica como o Filme de 2000, mas, mesmo dentro de suas irregularidades, não deixa de portar uma intensa atmosfera distópica que acaba por torná-lo muito interessante para quem conseguir, como eu, se desvencilhar da experiência cinematográfica inesquecível que foi proporcionada pela imersão naquele.
Livre, então, do quanto o filme anterior me repassou, pulei de cabeça para dentro deste. Shuya Nanahara (Tatsuya Fujiwara) e Noriko Nakagawa (Aki Maeda), sobreviventes do massacre anteriormente visto, integraram-se a um grupo revolucionário de um país não-identificado. O filme não explica, mas os dois parecem ter sido orientados pelo tio de Shinji Mimura (Takashi Tsukamoto), Personagem do primeiro filme que quase mudou o destino do Jogo, a se integrarem à luta, aprendendo técnicas de ataque, resistência e sobrevivência. Makio Mimura (Sonny Chiba) aparece bem pouco no filme, mas ficou evidente que ele foi o mentor de Shuya e Noriko (cujo paradeiro ficou oculto durante grande parte da obra), estabelecendo para o primeiro as bases para a criação dos Wild Seven no país-natal deles. Quanto ao país que não foi identificado, pelas imagens e referências em uma passagem fica evidente de que se trata do Afeganistão, massacrado, em nossa realidade e na do filme, desde o ano de 1978 por uma Guerra Civil. Esta completava vinte e cinco anos no ano de lançamento desta história cinematográfica (2003) e vivia por momentos ainda mais aterradores ocasionados pela invasão dos Estados Unidos, iniciada aos 07 de outubro de 2021, com a desculpa dada por George W. Bush, contrariando resoluções da ONU, de que era preciso iniciar uma caçada a Osama Bin Laden. A Aliança do Norte, organização muçulmana, se aliou ao país do Continente Americano e, junto com Reino Unido, França, Canadá e outros países entrou em confronto direto com o Regime Talibã, aliado da Al-Qaeda liderada por Bin Laden. Apenas aos 30 de agosto de 2021 houve a retirada total das forças de ocupação do país, deixando este atrasadíssimo, arrasadíssimo e aos pedaços, fazendo com que o Talibã voltasse ao Poder. Mesmo que o Afeganistão tenha sido retratado no filme na forma de uma crítica direta ao Imperialismo Estadunidense, me lembrei da Situação Palestina desde o ano de 1948 sob o jugo do Sionismo. E agora, interligando os pontos, a República da Grande Ásia Oriental do Universo Mitológico de Battle Royale é como uma junção daquele Imperialismo, da Tirania Talibã e do Jugo Sionista, somente tendo a diferença que o alvo maior é o povo do próprio país que na nossa realidade se chama Japão.
Os atos terroristas do Wild Seven, então, são justificados dentro de uma vingança contra o Sistema Ditatorial da Grande República. Uma guerra contra os adultos que implantaram dito Sistema e levaram diversos jovens a se massacrarem dentro de um insano Jogo. Quando se diz “guerra aos adultos” dentro das premissas de um grupo armado formado por todos os sobreviventes do Programa e demais oprimidos pelo Governo Totalitário, a lógica leva ao sentido de não haver restrições quanto ao uso de ataques terroristas indiscriminados. Shuya e o grupo que lidera são considerados, então, internacionalmente, como Terroristas de altíssimo grau de periculosidade, cuja Base Operacional se localiza em uma ilha. As Forças Armadas da República, atuando em um ataque conjunto coordenado, bem poderia extinguir totalmente a ilha, com grande facilidade, se assim o quisesse. Porém, demonstrando a imensa crueldade e falta de escrúpulos de sua cúpula, uma nova forma do Battle Royale é implementada, jogando contra os Wild Seven uma turma, do Nono Ano, de desajustados e inadequados que sequer chegaram a ser treinados. Como os Estudantes dos Jogos anteriores, eles são, literalmente, jogados contra o que nunca aguardaram enfrentar; no entanto, a diferença para os Jogos anteriores é que eles enfrentariam Terroristas muito bem treinados e armados. Um fator, também, que é importante está no fato de muitos deles serem órfãos, assim estando neste estado ao terem tido os pais mortos nos atentados do Wild Seven pelo país. Shiori Kitano (Ai Maeda), a filha de Kitano, se inscreve no Programa e transfere-se para a malfadada Escola que comporta aqueles Estudantes renegados, objetivando ter um meio de se vingar de Shuya. Traídos pelo Professor Riki Takeuchi (que interpreta uma versão alternativa de si mesmo, usando no Personagem o próprio nome), organizador do novo modo de ser do Jogo, eles terão apenas setenta e duas horas para matar Shuya e destruir todo o Wild Seven. Cada Estudante, uma vítima do Estado Totalitário ao qual estão aprisionados; mas, o Professor responsável pela Turma deles igualmente também é uma vítima, diferente do Professor Kitano do Jogo visto no filme a este antecedente.
Se eu for falar demais do Enredo, vou entregar todo o trabalho feito neste filme que, como todas as produções asiáticas, diz muito mais nas entrelinhas, no que não é dito, do que no mostrado de modo explícito. Tendo uma abordagem para as cenas de ação em uma maior amplitude, o enfoque artesanal das cenas de batalha me pegou de surpresa. O mesmo ocorreu com diversas e específicas atuações, tendo como destaques principais Tatsuya Fujiwara, Ai Maeda, Takuma Aoi e Riki Takeuchi; no quesito da Atuação, também destaco a importância da pequeníssima participação de Takeshi Kitano, uma aparição que acrescenta muito para o entendimento das motivações e do comportamento do exótico Personagem dele no primeiro filme. Contundente nas críticas aos Estados Unidos a partir de certa altura, mas sem nomear diretamente o mesmo (sutilmente chamando-o, com um certo ressentimento, de aquele país), a produção não conta com um grande orçamento (que até é bem maior do que na primeira amostra da Franquia em Versão Cinematográfica) e, mesmo assim, dá para sentir a dedicação do Elenco no tocante ao resultado final. Em momentos de reflexão e de pausa, junto a pequenos silêncios e flashbacks, surgem posicionamentos filosóficos que questionam o sentido de tudo aquilo e o papel de cada um na cadeia dos acontecimentos à deriva que se encaixam nas sequências filmadas. Uma filosofia natural, em diálogos simples e curtos, com todo uma carga emocional que se apega a um grande doloroso desespero dos Personagens mais afetados pela situação em que estão. Há todo um cuidado para o filme não se tornar piegas e isto é bem notável, havendo uma dosagem das emoções ao ponto de a estas tornar controláveis, não levando a exageros típicos de alguns Atores e Atrizes que não possuem em filmagens uma firme orientação sobre como desenvolver a personalidade de seus Personagens. Como estes são muitos neste capítulo da Mitologia aqui referida, tanto quanto na produção que primeiro adaptou o livro de Takami, não deu para desenvolver bem as personalidades de muitos. Também, não havia espaço temporal suficiente e o Roteiro, construído segundo um modelo de que a imprevisibilidade, a todo instante, molda o desenrolar das cenas, seguiu um caminha onde qualquer um(a) não poderia estar vivo(a) a qualquer instante. Neste filme, o imprevisível, nunca se sabendo qual seria o(a) próximo(a) a tombar reflete mais uma visível qualidade, para mim, do mesmo.
Muito propondo uma descida aos Abismos Humanos, há um fechamento de ciclo, por enquanto, no Cinema, desta Mitologia. Óbvio que, em Live Action, há ainda espaços a serem preenchidos com histórias originais, mantendo o respeito ao conceito de uma guerra contra um Estado Totalitário escravizante, controlador, dizimador e ultraviolento ao invés de uma simples condução de sucessivos assassinatos entre Estudantes. A história de Shuya e Noriko não poderia ter terminado aqui, ainda havia outros espaços a serem preenchidos, outras respostas a serem dadas e muitas perguntas a serem feitas acerca de algo, aparentemente, tão indestrutível quanto um Estado Bestial devorando liberdades, autenticidades e naturezas individuais. Quando termina, Battle Royale II: Requiem deixa uma vontade de assistir mais, de explorar novas possibilidades, de percorrer novas vias de luta contra a Opressão e a Tirania de uma Ideologia Imperialista em uma duríssima contextualização distópica. Bem, pelo menos deixou em mim essa sensação de que caberiam mais filmes, com outros Diretores, outros Roteiros e a mesma independência em relação à Adaptação do ano 2000 do livro que levou para o Cinema esta Mitologia. Imagino Sion Sono, Takashi Miike e até mesmo Quentin Tarantino, o maior Fã deste Universo fora do Japão, dirigindo, cada um, histórias continuando a saga de Shuya e Noriko ou pondo em ação histórias originais advindas de suas geniais mentes. Apenas imagino, sonhando aqui com possibilidades em um jogo de probabilidades tão imprevisível quanto o resultado final do Programa. Com a diferença que não sou obrigado a nadar em um mar de sangue para poder imaginar como seriam outros filmes dentro desta Distopia tão idêntica, em muitos pontos e Contextos Históricos, à nossa Distópica Civilização. Nosso Plano Existencial é tão ultraviolento quanto o Programa, porém todos sempre sobrevivemos, mesmo cansados, feridos ou, literalmente, mortos de diversas maneiras e sentidos.
Por fim, cabe ressaltar que, se algum de vós se interessar em assistir esta obra após esta Resenha, faça isto para poder ter as suas próprias conclusões. Para mim, foi uma bela surpresa, não sendo um verdadeiro lixo tóxico como as “críticas” em sites agregadores de “opiniões cinematográficas” apontam. Vós podeis gostar ou odiar ou nada sentir ao assistir este Requiem, entretanto lhes digo que muita coisa senti e expus sinteticamente cada uma delas aqui em toda esta Resenha. É o meu direito gostar e odiar algo, tanto quanto o seu; mas, por favor, aceitam apenas as suas próprias opiniões, não a de quem diz ser “danoso e inútil” algo nascido de qualquer forma artística. Minha proposta como Resenhista é nunca dar uma resposta final ou definitiva, deixo isto para cada um que chega até o fim das minhas análises cinematográficas. Se todos os Resenhistas agissem como eu ajo, de maneira honesta, não retirariam de muitas pessoas a vontade de pessoalmente conferir uma criação artística. Requiem, falem o que quiser os haters dele, é uma Obra da Arte Cinematográfica que, pode até não atrair milhões de Fãs, mas foi concluída após o falecimento do Diretor original pelo filho do mesmo com bastante garra, atitude e contundência. Isto eu nunca desmerecerei advindo de criadores artísticos, mesmo sendo algumas criações duvidosas e contestáveis. O filme aqui Resenhado não é inatacável ou intocável, mas possui algo que falta a muitos filmes que foram feitos nos onze anos de sua estreia completados agora em 2024: Alma.
E uma Alma é algo que nenhum Governo Estatal Totalitário, na Ficção ou neste Conto Existencial dito como “Real” onde existo como Blogueiro e tu aí existe como leitor(a), jamais irá dilacerar.
Saudações Inomináveis a todos vós, Seres Do Mundo!
Kinji Fukasaku
Kenta Fukasaku