Esta é a Carta 9 de uma série de correspondências entre escritores que chamamos carinhosamente de Trocando Farpas:
Impérios Sagrados escreveu as Cartas 1 e 7.
Fábio Pires escreveu a 2 e a 8.
Eu escrevi a 3 e escrevo esta de número 9.
O Samir Cooper escreveu a 4 e escreverá a 10.
O Ruan Giollo Brugnerotto escreveu a 5 e escreverá a 11.
E o Leonardo E Dutra escreveu a 6 e escreverá a 12.
Qual a periodicidade dos posts das cartas?
A cada 4 dias!
A pergunta que não quer calar é:
Pode a literatura falar de política sem se sujar?
Os links serão adicionados à medida que as cartas forem publicadas:
Trocando Farpas - Carta 1 Trocando Farpas - Carta 2
Trocando Farpas - Carta 3 Trocando Farpas - Carta 4
Trocando Farpas - Carta 5 Trocando Farpas - Carta 6
Trocando Farpas - Carta 7 Trocando Farpas - Carta 8
Leitoras e leitores virtuais,
Em determinados textos que publico na Internet, tenho o costume de inserir o contexto histórico no qual o mesmo é escrito como uma forma de auxílio aos meus argumentos. Geralmente, em Resenhas de Filmes, Séries, Animes, Animações e Livros que se passam em épocas remotas (e nem tão remotas assim) pratico tal exercício de contextualização histórica temporal. A semana atual me chamou a atenção para alguns acontecimentos e a força do impacto dos mesmos em mim impele aqui a necessidade de formar uma referência ao que ocorre externamente ao meu ser-no-mundo. Quatro acontecimentos se expandiram nos meus pensamentos hoje e cito-os dentro daquele citado contexto que desejo adicionar a esta Carta: as denúncias de Assédio Sexual contra o Ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida; o caso francês de Gisèle Pélicot, que por dez anos foi drogada para ser abusada sexualmente por homens contatados pelo esposo, Dominique Pélicot; o anúncio da nova vocalista da banda estadunidense de Nu Metal Linkin Park, Emily Armstrong, que no ano de 2020 ficou ao lado de Danny Masterson, um Ator, do qual é amiga, acusado de estuprar três mulheres entre 2001 e 2003 que foi condenado à Prisão Perpétua; e o assassinato de Larissa de Paula Santana de Freitas, trabalhadora de uma Peixaria na Feirinha da Pavuna (que eu conheço desde criança e se localiza na Zona Norte do Município do Rio de Janeiro), em uma tentativa de assalto quando estava a caminho do trabalho. Quatro notícias envolvendo violências contra mulheres (neste exato instante, recebo uma notificação do Canal da Band Jornalismo no WhatsApp informando que Anielle Franco, Ministra da Igualdade Racial, confirmou o Assédio cometido contra ela por Silvio Almeida) em um eixo macabro de uma mesma situação que me enoja: a politização midiática exaustiva de cada notícia acima para gerar engajamento, acirrar disputas ideológicas e dividir ainda mais uma população extremamente polarizada.
Impossível escapar de uma notícia de violência como a sofrida por Larissa hoje em dia, a mesma logo é inserida no meio de um site de notícias, explodindo na nossa cara. Chamo a atenção para ela porque eu costumo muito passar por dentro da Feirinha da Pavuna e, se não me engano, olhando bem para a foto dela no site do G1, onde li a notícia, me vêm à memória que eu a conhecia de vista. Não me concentro neste caso por ser bem próximo da minha realidade como morador do Estado do Rio de Janeiro, apenas abordo o fato como parte de algo que as Autoridades, quase eternamente, não combatem de verdade. No que toca às outras três notícias, toda forma de Violência Sexual me revolta e me faz perder a cabeça muitas vezes. Já me relacionei afetivamente com duas mulheres que sofreram tal Violência, conheci outras e sempre estou a favor da punição mais rigorosa contra Abusadores, Estupradores e Espancadores. Não pertenço a um Clube do Bolinha defensor de membros do meu Gênero, seja quem for o Abusador, quando realmente culpado, se torna para mim um criminoso irrecuperável que merece tudo que é tipo de execração. Abusador, Estuprador e Espancador não tem cara, não traz na face a assinatura de algo do tipo, muitas das vezes; é o caso do Silvio Almeida, com toda aquela fala mansa, retórica impecável, intelectualismo sublime; foi o caso do José Mayer, pois não tenho Amnésia como a maioria dos que babam ovo de Atores por aí, um homem que aparentava para o público ser o exato oposto do que intimamente é; e é o caso de todo homem, talvez nosso vizinho, pai, irmão, primo, amigo, avô, tio, colega de trabalho ou mero conhecido que se sente absoluto senhor de corpos femininos. Todo tipo de bandido deste tipo deve ser denunciado, exposto, julgado, condenado e banido da vida social; defendo até medidas extremas em determinados casos hediondos ou a Prisão Perpétua, pois matar milhões de homens como esses que me causam nojo absoluto não faria com que outros cometessem os mesmos crimes com outras mulheres. A exposição midiática e politizada de casos de Violência contra tudo que faz parte do Feminino não diminui tais casos, até chega a, digamos, inspirar muitos homens propensos à brutalidade para que pratiquem atrocidades idênticas ou até piores.
Vocês estão achando estranho um homem hetero escrever com tanto ardor e indignação contra homens que odeiam as mulheres (vejam bem: quem realmente aprecia e admira o Sexo Feminino é levado a se tornar um Abusador, um Estuprador ou um Espancador?)? Já fui chamado de feministo, de mangina e de coisas piores em determinados círculos virtuais pelos quais já passei por apreciar O Feminino em suas mais diversas manifestações e chegou uma hora que isso não tem mais qualquer importância para mim. Não vou deixar de defender o que é certo, o que eu creio ser justo e honesto por causa de indivíduos do meu Gênero que pensam igual ou próximo aos tipos de criminosos que cito nesta Carta. Agora, relacionado a esta, advém uma pergunta que faço a você, leitora e leitor: o que um assunto como o da Violência contra A Mulher tem a ver com a Série de Cartas do Trocando Farpas e por que esse tal de Inominável Ser esta aqui destilando revolta pura contra aquele crime?. Citei acima a capacidade da Mídia em politizar bastante um assunto referente à Criminalidade, há abutres e urubus na Imprensa Brasileira e Mundial que exploram ao máximo o peso de cada cadáver que preenche as linhas de suas matérias. Quando um Feminicídio ou um Estupro Coletivo ocorre ou uma Famosa é espancada pelo marido ou namorado (se este for também Famoso, melhor ainda para os Leo's Dias e Nelson's Rubens da Imprensa Nacional) a preocupação não é com a vítima, mas o quanto o que ocorreu com ela poderá ser explorado com intenções de levar os leitores a fazerem interconexões ideológicas. “Nem todo petista, mas sempre um petista”; “Nem todo bolsonarista, mas sempre um bolsonarista”; “Nem todo policial, mas sempre um policial”: as mais comuns frases que leio e que você, leitora e leitor, também devem ler na Área de Batalhas que são os Comentários de Notícias pela Internet. Ninguém da Imprensa está preocupado, falando do Agora, sobre as vítimas em si que eu trouxe no Primeiro Parágrafo desta Carta; o que vale é o espetáculo puro, em si, da Notícia sendo veiculada para o irresponsável objetivo de manipular as opiniões de quem se deixa por elas manipular por inocência, ignorância ou preguiça de pensar por si mesmo.
Como eu sou um Autor, preciso estar exatamente atuando quando escrevo sobre qualquer forma de Violência, principalmente a Sexual, como um Observador nada imparcial. Estou fazendo a minha própria prática política em tentar aqui discorrer acerca do meu papel como Literato consciente do que ocorre em meu redor. Como fizeram o Leonardo E Santos e o Fábio Pires nas Cartas 6 e 8, respectivamente, é com o cotidiano que nós, Autores, e as Autoras, podemos ter os grandes materiais para escrituras mais próximas das realidades de muitas pessoas que nos lêem. Me banhar de sangue e dor para escrever acerca de casos sanguinários e dolorosos não me torna sujo e nem limpo, somente me sinto coberto por cinzas que dificilmente vou conseguir retirar de mim. O fato de eu concordar que sou cinzento, um Ser cheio de erros e acertos, fortalezas e fraquezas, vícios e virtudes, modela meu ato de escrever sobre Política e qualquer outro assunto. É muito ruim quando eu me deparo com textos que desassociam o que eu trago aqui (Política, Mídia, Violência e Literatura) para a criação de um mundo à parte. Não existimos separados de um mundo que possui Ideologias que não estão, de verdade, voltadas para o Bem-Estar da Espécie Humana. A Política se torna cada vez mais Violenta. A Mídia se torna cada vez mais Mãe da Violência. A Violência é, praticamente, em todos os sentidos, o que está proporcionando a continuidade de toda podridão e decadência da Sociedade Planetária. A Literatura tem O Dever de, sim, agir dentro da Compreensão de cada uma delas e quem se propõe a escrever não deve ter o temor de se ferir, mutilar, sujar e permanecer dentro do que analisa. Eu estou dentro de tudo que já escrevi até hoje, incluindo esta Carta que, confesso neste momento, está sendo bem difícil para mim de redigir. Estarei sempre dentro de tudo que escreverei, não consigo ser diferente e nem quero ser diferente, como uma criatura insensível que olha sempre por cima os fatos do Brasil e do mundo. Incorrem sempre em erro, vou insistir nisto até a minha morte, Autores e Autoras que escrevem sentados em um trono de arrogância, prepotência e descaso sobre as situações mais perturbadoras da atualidade. Eu desço para o jogo armado até os dentes com os meus argumentos e a minha literária forma de fazer a minha Política: escrevendo sempre com o meu coração.
É piegas o que eu escrevi por último acima? Minha amiga leitora, meu amigo leitor, ninguém paga as minhas contas, não me ajoelho ou me dobro ou me curvo diante das opiniões alheias e já liguei o foda-se para quem desrespeita a forma como eu me expresso escrevendo. Há uma passagem do livro O Que É A Filosofia?, de Gilles Deleuze e Félix Guattari, que citei na Carta 3, que define bem o modo como eu creio ser o Ato Artístico, o Ato Criador, em qualquer expressão material de nosso Ser, nas páginas 216 e 217:
“Pintamos, esculpimos, compomos, escrevemos com sensações. Pintamos, esculpimos, compomos, escrevemos sensações. As sensações, como perceptos, não são percepções que remeteriam a um objeto (referência): se se assemelham a algo, é uma semelhança produzida por seus próprios meios, e o sorriso sobre a tela é somente feito de cores, de traços, de sombra e de luz. Se a semelhança pode impregnar a obra de arte, é porque a sensação só remete a seu material: ela é o percepto ou o afecto do material mesmo, o sorriso de óleo, o gesto de terra cozida, o élan de metal, o acocorado da pedra romana e o elevado da pedra gótica. E o material é tão diverso em cada caso (o suporte da tela, o agente do pincel ou da brocha, a cor no tubo), que é difícil dizer onde acaba e onde começa a sensação, de fato; a preparação da tela, o traço do pêlo do pincel fazem evidentemente parte da sensação, e muitas outras coisas antes de tudo isso. Como a sensação poderia conservar-se, sem um material capaz de durar, e, por mais curto que seja o tempo, este tempo é considerado como uma duração; veremos como o plano do material sobe irresistivelmente e invade o plano de composição das sensações mesmas, até fazer parte dele ou ser dele indiscernível. Diz-se, neste sentido, que o pintor é pintor, e nada além de um pintor, ‘com a cor captada como sai fora do tubo, com a marca, um depois do outro, dos pêlos do pincel’, com este azul que não é um azul de água mas ‘um azul de pintura líquida’. E, todavia, a sensação não é idêntica ao material, ao menos de direito. O que se conserva, de direito, não é o material, que constitui somente a condição de fato; mas, enquanto é preenchida esta condição (enquanto a tela, a cor ou a pedra não virem pó), o que se conserva em si é o percepto ou o afecto. Mesmo se o material só durasse alguns segundos, daria à sensação o poder de existir e de se conservar em si, na eternidade que coexiste com esta curta duração. Enquanto dura o material, é de uma eternidade que a sensação desfruta nesses mesmos momentos. A sensação não se realiza no material, sem que o material entre inteiramente na sensação, no perfecto ou no afecto. Toda a matéria se torna expressiva. É o afecto que é metálico, cristalino, pétreo, etc., e a sensação não é colorida, ela é colorante, como diz Cézanne. É por isso que dizem que quem só é pintor é também mais que pintor, porque ele ‘faz vir diante de nós, na frente da tela fixa’, não a semelhança, mas a pura sensação ‘da flor torturada, da paisagem cortada sulcada e comprida’, devolvendo ‘a água da pintura à natureza’. Só passamos de um material para o outro, como do violão ao piano, do pincel à brocha, do óleo ao pastel, se o composto de sensações o exigir. E, por mais fortemente que um artista se interesse pela ciência, jamais um composto de sensações se confundirá com as ‘misturas’ do material que a ciência determina em estados de coisas, como mostra eminentemente a ‘mistura ótica’ dos impressionistas.”
Por mais fria e objetiva que uma pessoa seja, em certa medida quando se expressa de um modo artístico ela emite sensações. Ideologias políticas não sobrevivem sem as sensações de seus adeptos, assim como tradições literárias individuais não conseguem sobreviver sem as sensações de seus desenvolvedores e desenvolvedoras. Mencionei a dificuldade de escrever este texto porque eu cheguei a admirar Silvio Almeida e o espanto da confirmação de que houve realmente Assédio contra a Ministra Anielle extinguiu totalmente tal admiração. Sou alguém com uma tendência ideológica mais voltada para a Esquerda sem ser um militante chato de Internet, mas não sou cego e tolo ao ponto de não ser crítico de tudo errado dentro desse Espectro Político. Tanto nesta Carta quanto na anterior que escrevi, fica nítido o meu modo crítico de observar tal Corrente Política diante dos desafios contra ela aqui no Brasil e no resto do mundo. Finalizando agora a mesmo, mais uma contextualização faço acerca do momento em si no qual publico aqui no Substack a mesma: Jair Messias Bolsonaro hoje chamou o Ministro Alexandre de Moraes de Ditador e prometeu amanhã, 07 de setembro de 2024, fazer um ataque direto ao mesmo no Protesto marcado para ocorrer em São Paulo contra aquele e o STF como um todo. A cadeia dos fatos se configura conectando todos os acontecimentos, daqueles que citei logo no início desta Carta até aqui na finalização da mesma. O papel de um Escritor e Poeta como eu não é mesmo ficar vagando nas clássicas ondas de um Etérico Estado de Êxtase permanente, escrevendo apenas Ficção ou sonhando com Musas Sensuais ou Puras. Escrever também cabe na reprodução e representação materiais do que um Autor e uma Autora pensam acerca do mundo, quebrando até mesmo o muro acima do qual possa se posicionar por medo, conveniência ou desinteresse. A covardia nunca é uma opção nestes tempos em que a Necropolítica está a se debruçar cada vez mais, de diversos modos, na História Brasileira e na do mundo em geral. Bolsonaro e Luis Inácio Lula da Silva, falando precisamente do nosso país, são apenas duas questões que não são as únicas que propõem um sentido do papel de quem se encontra dentro da Literatura para se dar às batalhas que são cada texto sobre Política. Como escreveriam Deleuze e Guattari, quem escreve é mais do que um Escritor ou Poeta quando põe cada sensação para fora na análise do contemporâneo a si externo, fazendo uma forma política de se expressar para um grande público ou apenas para uma pessoa.
Mesmo amplo ou reduzido, o público leitor de Trocando Farpas pode entender que cada Autor de uma Carta está dando tudo de si nelas. Percebi isto lendo as anteriores e a última, a do Fábio Pires, me chamou a atenção para um fato em comum: temos vizinhos incômodos. Agora, exatamente agora, terminando aqui a Carta, sem ouvir as músicas de meu gosto pessoal, um dos dois botecos perto da minha casa, em uma rua, está a funcionar. Desde seis da tarde, toca Pagode, um lamento quase fúnebre de um Gênero Musical nada por mim apreciado. Todo final de semana, até quase todos os dias, aqui onde moro é barulhento, irritante e exaustivo, não tenho a mesma tolerância demonstrada pelo Fábio. Falo com poucas pessoas aqui onde moro (bom dia, boa tarde, boa noite, apenas) e não tenho qualquer afinidade com alguém daqui. Detesto festas e bebidas alcoólicas, o que torna a proximidade com botecos algo pior ainda. O que tenho em comum com meus vizinhos e os frequentadores dos botecos em meu redor é o fato de pertencermos ao mesmo país que tolera o fato de um cara como Bolsonaro, responsável por quase um milhão de mortes estar solto; Pimenta Neves estar solto; Guilherme de Pádua e Paula Thomaz não terem permanecido mais anos aprisionados; Joesley e Wesley Batista serem, agora, aliados do Governo em algumas questões econômicas; e demais absurdos que modelam a Necrohistória Brasileira dos últimos trinta anos. A única diferença é que eu consigo perceber isso tudo e muitos deles, não; alguns podem até perceber e se fazem de desentendidos, omissos; outros, não estão mesmo nem aí para nada. Não é meu dever esclarecer essas pessoas, no entanto bem que eu queria abrir os olhos delas… Talvez, somente uma dessas pessoas que agora estão bebendo no boteco ao lado direito da minha casa me ouvisse, sendo um pouquinho otimista, o que é bem raro em mim. Bem, creio ser melhor eu ficar mesmo bem quieto no meu canto, não por covardia ou temor de ser esculachado se eu tentar falar da realidade brasileira como ela é para quem não quer ouvir ou se interessa em saber. O bom senso me diz que somente O Tempo pode mudar a nossa população, que, sejamos sinceros, não é em seu todo constituída por pessoas politicamente ativas ou conscientes de seus papéis políticos sociais. Há pessoas que nem devem saber o que está ocorrendo agora em Brasília relacionado ao Ex-Ministro dos Direitos Humanos, nem quem são Gisèle Pélicot e Emily Armstrong, nem quem foi Larissa de Paula Santana de Freitas. Não condeno mais tais pessoas, nem sinto piedade delas, cada um está onde exatamente deveria estar.
Estou onde eu devo estar. Você lendo até aqui esta Carta, está onde deve estar. É assim que as coisas são.
Na medida do possível, tenham um excelente feriado no final da semana, leitoras e leitores virtuais.
Giovani Coelho de Souza
O Inominável Ser
06 de setembro de 2024
21:03 h
Não somente um texto. Uma bomba em palavras que explode contra toda e qualquer pessoa que fica inerte e que considera a literatura como etéreo ou angélico, como se isso existisse. Que forte!
Já dizia Toph em Avatar - A Lenda de Korra: Os nomes mudam, mas as ruas continuam as mesmas.
Não há pessimismo ou uma esperança ilusória na sua carta. Ela mostra a realidade como está posta. E é tanta informação correndo solta atualmente na sociedade, que vejo a capacidade de filtrar essas informações como uma habilidade chave para o bem viver nos próximos anos.
E quanto a política? Estamos inundados por ela.
Sua carta é um Manifesto!