
Nasço e morro
Todos os dias
Quando o sol
Dos velhos dias tristes
Encontra a lua
Dos amanhãs que
Desconheço.
O amanhã meu
É o agora deste
Nascer e morrer
Que é o meu Nirvana,
Que é o meu
Oitavo Sentido,
Que é o meu
Sempre Novo Retorno
Ao Kosmos Pai
Do Esplendor Da Criação.
Nasço infinitas vezes
Ao nascer
E ao morrer
Solares.
Nasço mais infinitas
Vezes ainda
No nascer
E no morrer
Lunares.
Não conto
Quantas vezes
Minha Alma
Se torna
Uma
Com o Cósmico
Ser.
Não planto
Nenhuma árvore
A mais
Além daquela
Inominável Árvore,
Cujos galhos
Me guiam
Em direção
Ao Cósmico
Palácio.
Não recolho
Qualquer palavra
Junto com Aquela
Primeira Palavra
Que Sempre
A Tudo Inicia,
Cuja Conjugação
No Verbo
Modela
Novos Verbos.
Nasço Leão,
Morro Fênix,
Retorno Peixes.
Um Leão
Rugindo pelas
Cósmicas Florestas.
Uma Fênix
Ressurgindo das Cinzas
Das Cósmicas Chamas.
Um Peixe
Nadando absolutamente
Nas Profundezas
Das Águas
Do Grande Mar.
Sou O Leão,
Sou A Fênix,
Sou O Peixe.
Estou Rugindo,
Estou Renascendo,
Estou Nadando.
E Sou A Floresta,
E Sou As Chamas,
E Sou O Grande Mar.
Estou
Em Tudo.
Estou
Em Todos.
Eu Sou
O Todo.
O Todo
Ruge.
O Todo
Renasce.
O Todo
Nada.
Inominável Ser
RUGINDO
RENASCENDO
NADANDO
COMO
O TODO