Perguntemos A Antigos Gregos
Lágrimas Dos Deuses Que Não Somos #4
Perguntemos aos clássicos inventores
Das filosóficas observações mais vastas
Deste planeta hoje a ser devastado
Sobre A Permanência
Sobre A Potência
Sobre A Presença
Sobre A Principialidade De Tudo
Sobre A Principialidade De Nada
Perguntemos ao eremita mais sábio
Se ele ainda busca a solar luz
Que possa melhor lhe beijar
Como uma
Atena Sobre Os Céus
Atena Sobre Os Véus
Atena Sobre As Terras
Atena Sobre As Serras
Atena Sobre Os Sorrisos
Atena Sobre As Lágrimas
Perguntemos ao matemático que
A tudo media desde a aurora
Até a madrugada
Sobre A Soma Multiplicada
Sobre A Subtração Dividida
Sobre A Multiplicação Subtraída
Sobre A Divisão Somada
Sobre O Teorema Perdido
Sobre O Teorema Encontrável
Perguntemos ao que tudo experimentava
Acerca das marcas acima da mancha
Entregando mortais
As Flechas De Ártemis
As Pedras De Herácles
As Espadas De Ares
As Lanças De Apolo
As Armas De Hefesto
As Palavras De Zeus
Perguntemos ao contador de histórias
Sobre as Troias Que Ainda Caem
Diante de nós que somos
Aquiles Derrotados
Aquiles Esmagados
Aquiles Destroçados
Aquiles Derrubados
Aquiles Devorados
Aquiles Desgraçados
Perguntemos sentindo o peso
Das nossas idades desde sempre
Contando cada dia que ainda
Nos resta neste
Distorcido Olimpo Sem Brilho
Perguntemos retirando os pregos
De nossos atormentados olhos
Pelo que de terrível & injusto
Estamos agora mesmo vendo
Destroçando carnes
Detonando mentes
Degradando almas
Perguntemos reiterando nossos
Aplicáveis justos interesses
Em uma grega necessidade
De sabermos perguntar
A quem sabia muito
Sem saber nada
Perguntemos ouvindo aquele que
Era o maior entre todos que
Nada sabiam
E continua sendo o que nada sabe
Entre todos os Seres Humanos
Perguntemos diante dos Juízes
De Hades
Perguntemos diante das Árvores
De Perséfone
Perguntemos diante do Tridente
De Poseidon
Perguntemos diante do Uivo
De Hecate
Perguntemos diante da Dança
De Selene
Perguntemos diante do Silêncio
De Cronos
Perguntemos como as Titânides
E os Titãs Quebrados que somos
Ao longo desta Desgraçada
Era onde os gregos já não
Se elevam acima dos demais
Perguntemos
Corajosas Humanas Deusas Caídas
Corajosos Humanos Deuses Caídos
Mesmo sabendo que não haverá
Uma resposta sólida porque
A liquidez do Agora
Torna tudo uma mutável festa
Que leva para o fim
Da Terrestre História
Inominável Ser
INSISTENTE
INDAGADOR
DOS ANTIGOS
GREGOS
