Three Rings for the Elven-kings under the sky,
Seven for the Dwarf-lords in their halls of stone,
Nine for Mortal Men doomed to die,
One for the Dark Lord on his dark throne
In the Land of Mordor where the Shadows lie.
One Ring to rule them all, One Ring to final them,
One Ring to bring them all and I the darkness bind them
In the Land of Mordor where the shadows lie.
Três Anéis para os élficos Reis sob o céu,
Sete para os Anãos em recinto rochoso,
Nove para os Homens, que a morte escolheu,
Um para o Senhor Sombrio no espaldar tenebroso
Na Terra de Mordor aonde a Sombra desceu.
Um Anel que a todos rege. Um Anel para achá-los,
Um Anel que a todos traz para
na escuridão atá-los
Na Terra de Mordor aonde a Sombra desceu.
Título original: The Lord Of The Rings - The Fellowship Of The Ring
Tradução: Ronaldo Kyrmse
Ano de lançamento do original: 1954
Ano de lançamento desta edição: 2019
Editora original: George Allen & Unwin
Editora desta edição: Harper Collins Brasil
Rio de Janeiro
1ª Edição
608 páginas
Sinopse:
O volume inicial de O Senhor dos Anéis, lançado originalmente em julho de 1954, foi o primeiro grande épico de fantasia moderno, conquistando milhões de leitores e se tornando o padrão de referência para todas as outras obras do gênero até hoje. A imaginação prodigiosa de J.R.R. Tolkien e seu conhecimento profundo das antigas mitologias da Europa permitiram que ele criasse um universo tão complexo e convincente quanto o mundo real.
A Sociedade do Anel começa no Condado, a região rural do oeste da Terra-média onde vivem os diminutos e pacatos hobbits. Bilbo Bolseiro, um dos raros aventureiros desse povo, cujas peripécias foram contadas em O Hobbit, resolve ir embora do Condado e deixa sua considerável herança nas mãos de seu jovem parente Frodo.
O mais importante legado de Bilbo é o anel mágico que costumava usar para se tornar invisível. No entanto, o mago Gandalf, companheiro de aventuras do velho hobbit, revela a Frodo que o objeto é o Um Anel, a raiz do poder demoníaco de Sauron, o Senhor Sombrio, que deseja escravizar todos os povos da Terra-média. A única maneira de eliminar a ameaça de Sauron é destruir o Um Anel nas entranhas da própria montanha de fogo onde foi forjado.
A revelação faz com que Frodo e seus companheiros hobbits Sam, Merry e Pippin deixem a segurança do Condado e iniciem uma perigosa jornada rumo ao leste. Ao lado de representantes dos outros Povos Livres que resistem ao Senhor Sombrio, eles formam a Sociedade do Anel.
Alguém uma vez disse que o mundo dos leitores de língua inglesa se divide entre os que já leram O Senhor dos Anéis e os que um dia lerão o livro. Com esta nova tradução da obra, o fascínio dessa aventura atemporal ficará ainda mais evidente para os leitores brasileiros, tanto os que já conhecem a saga como os que estão prestes a descobrir seu encanto.
Créditos Da Sinopse: HarperCollins Brasil



Mapas da Terra Média
Mapa do Condado
Inomináveis Saudações a todas e todos vós, Seres Do Mundo!
Meu primeiro contato com o Universo da Terra Média foi a partir das adaptações cinematográficas levadas a cabo pelo Diretor Peter Jackson no início deste nosso atual Século 21. Como sempre serei sincero, confesso aqui que durante alguns minutos do primeiro filme, lançado em 2001, que assisti no cinema, adormeci. Isto considerei como um fato negativo da minha parte, porém a lentidão narrativa vista na adaptação não me capturou. Saindo com uma sensação estranha da sala de exibição, com um misto de certa decepção e muita frieza em relação ao que assisti, resolvi pagar ingresso para conferir o segundo filme (2002) e o terceiro (2003) não senti vontade de conferir em um cinema. As três obras foram filmados juntos com aquele ao mesmo tempo, algo inovador para a época e que não se repetiu até o momento na Indústria Cinematográfica de Hollywood. Assistindo pela TV ao último filme da Trilogia, o mesmo não fez uma mudança tão grande sobre a minha opinião acerca dos dois primeiros. O segundo, comentando rapidamente, igualmente não me deu nenhuma outra sensação além daquelas que sinto até hoje em relação ao primeiro.
A Trilogia Cinematográfica de O Senhor Dos Anéis tem zero significado para mim e nada me acrescentou como experiência, pois não fui capturado pelos Roteiros deles, não submergi na trama. Refletindo agora, enquanto escrevo estas palavras, pode até ter sido cada um deles que me afastou dos livros originais, apesar da minha curiosidade sempre latente e presente de conhecer o que todos os leitores de John Ronald Reuel Tolkien (1892-1973), em comentários que lia em revistas e na Internet, diziam ser uma obra-prima. Passaram-se vinte e um anos, desde que o primeiro filme que adaptava o primeiro livro da Trilogia Literária estreou no cinema, quando, finalmente, pude ter em mãos a mesma. Como mencionado neste texto em que sintetizo as minhas primeiras impressões como iniciante no Universo Tolkieniano, eu ganhei o Box da Editora Harper Collins no mês de meu aniversário, agosto, no ano de 2022. Uma coincidência, visto que a pessoa que me presenteou com ele (e que não está mais em meu círculo de amizades virtuais) não sabia que eu faria aniversário naquele mês. Uma felicíssima coincidência que me posicionou dentro de uma Mitologia Literária a qual demorei muito a ter em mãos e como parte da minha Biblioteca.
Demorei a conhecer, bastante mesmo, o trabalho de Tolkien, visto que muito do que escrevo em meus próprios Textos Ficcionais possui alta carga de Alta Fantasia. Não estou me comparando, mesmo, com o excelentíssimo Escritor e Poeta que ele é, apenas observo aqui que perdi tempo demais em uma grande letargia acompanhada de imensa carga de procrastinação ao não ter procurado satisfazer a minha curiosidade em relação ao material original da Trilogia Cinematográfica anos antes. Narrativa épica e poética, já que citei a Poesia como uma face da Trilogia Literária, que não foi transportada para o Cinema, modelando uma espécie de leitura que tem muito de magnética, produtiva, inspiradora, inspirada, viva, pulsante, acelerada, emotiva, direta, reta e confortável ao gosto de leitores vorazes como eu. A Filosofia e a Espiritualidade Cristãs se apresentam dentro da pequena parte da História Da Terra Média narrada em O Senhor Dos Anéis de um modo perceptível, sutil, entre os diálogos e a narração feita em Terceira Pessoa. Sem, contudo, serem intrusivas, agressivas e empurradas para dentro da mente do leitor dentro de um desenvolvimento narrativo que as faça invasora da própria proposta dos livros. Com referências que notei terem sido retiradas de diversas Mitologias, tendo como base o Cristianismo, a carga cultural de cada livro é imensamente imperturbável e ordenadamente perfeita. Cada livro tem um início determinado dentro de um meio fixo e uma conclusão móvel para o próximo. A impressão que a última página de O Retorno Do Rei me deu é a de que, inconscientemente, Tolkien deixou aos leitores a decisão de dentro da Imaginação darem continuidade às vidas e aos acontecimentos que nas páginas anteriores foram relatados.
Eu estou me adiantando muito, eu sei, e isto é obra da empolgação, entusiasmo, fervor e amor que a Trilogia faz com que eu sinta ao escrever sobre ela. O assunto aqui, no entanto, é o primeiro livro, A Sociedade Do Anel, que põe todas as perspectivas e antecipações do que ocorrerá nos dois livros posteriores. É admirável em Tolkien que ele não se permite o que hoje chamamos de "embromação", "encheção de linguiça" e "barriga" dentro da história por ele escrita logo no início. A mensagem única aqui é jogar logo em quem lê do que se trata a trama, quem é cada Personagem e o que originou cada fato a promover cada linha de texto no livro posicionada. Neste livro, ele define O Objetivo Maior da Saga Do Anel, que é a de destruir no vulcão de Orodruin, O Monte da Perdição, em Mordor, O Um Anel, Objeto Místico Das Trevas forjado pelo temível Sauron. Este, derrotado na Segunda Era por Elendil de Ociente e o Rei Élfico Gil-Galad na Batalha de Dagolard em frente ao Portão Negro de Mordor, retorna na Terceira Era como uma Presença e requer para si o Anel que lhe foi tomado quando tombou. Os dois líderes tombam e é Isildur quem decepa a mão de Sauron e toma-lhe o Anel quando o mesmo jazia tombado. Dito Artefato perdera-se junto à queda de Isildur no Grande Rio Anduin, quando, em seu retorno da Batalha, fora atacado por Orques. Tal fato na História da Terra Média é denominado como A Ruína De Isildur e representa um fato muito importante mencionado em A Sociedade porque é o iniciador dos eventos que se darão como o momento mais tenso da Terceira Era em todos os sentidos.
Bilbo Bolseiro, o Protagonista de outra obra de Tolkien, O Hobbit (o próximo livro dele que lerei, estou quase perto de adquirir), neste tem um encontro com um certo Smeágol/Gollum em uma certa caverna das Montanhas Sombrias. Ocorre um evento entre eles que seria um spoiler se eu citasse aqui, mas o Um Anel abandonou Smeágol e escolheu Bilbo como seu Portador, que fugiu da fúria do anterior que por 478 anos o possuiu (ou foi possuído pela Relíquia Obscura, já que a mesma tem Vontade própria e, a não ser o próprio Sauron a dominá-lo completamente, corrompe e deturpa o Ser de cada um que o cobiça para si). Sem saber que estava em posse do perigoso Anel Que Domina A Todos Os Anéis De Poder, Bilbo conclui sua passagem nos eventos de O Hobbit e retornou para a Vila-dos-Hobbits, vivendo, então, uma vida tranquila e despreocupada. Anos se passaram após aquele encontro com Smeágol e a urgência do retorno de Sauron faz com que o Mago Gandalf, O Cinzento, desconfie de que o Anel Mágicko em posse de Bilbo seja o Um Anel. Confirmada a suspeita, movimentos foram feitos com a ajuda do sobrinho de Bilbo, Frodo Bolseiro, que se encarregou de levar o Anel para Valfenda, conforme combinado com Gandalf. Bilbo, já em idade bem avançada, não poderia assumir a tarefa de fazer uma jornada em direção ao Monte da Perdição para destruir o perigosíssimo Objeto. Então, no Conselho de Elrond em Valfenda, ficou definido que Frodo seria o responsável pelo fardo de carregar aquele em direção ao seu destino correto na lava vulcânica do mesmo local em que fora construído com o uso de profunda Magia. Uma tarefa amarga dentro do covil do Grande Inimigo de todos os Povos da Terra Média, que, se retomasse para si o Anel, poria a perder a liberdade de cada um deles esmagando-lhes com as Sombrias Hostes de Mordor lideradas pelos Nâzgul, Os Espectros Do Anel.
Inicialmente, eu me perguntei durante a leitura o porquê de um humilde e simples Hobbit de meia-idade (não o jovem recém - saído da adolescência interpretado por Elijah Wood nos filmes) seria aquele que se encarregaria da destruição do Um Anel. O próprio Gandalf, um Ser Mágicko poderosíssimo que nem podemos considerar como tendo nascido de mulher; Elrond, o último dos Grandes Reis Élficos, Senhor de Valfenda; Galadriel e Celeborn, os Grandes Senhores De Lórien, Altos Elfos ainda viventes na Terra Média; e Aragorn, também conhecido como Passolargo, um experiente andarilho e guardião das fronteiras das regiões livres contra grandes ameaças, seriam escolhas mais óbvias diante da quase infinda periculosidade da Missão. Mas, analisando o quanto a atração pelo Um Anel corrompera Saruman, O Branco (que se tornou "O Colorido", conforme a descrição feita por Gandalf do encontro que o fez descobrir-lhe a traição no Conselho de Elrond), compreendi que nenhum Ser, em plena consciência, dentro de seus motivos próprios, abstratos e concretos, se encarregaria daquela Missão. Frodo poderia ter recusado, mas tomou para si o intento, já demonstrando estar sob o efeito da Posse do Anel mais perigoso de todos, que não conseguia largar de lado e quase não controlava o desejo de usá-lo. Um Anel Mágicko como o do tema central desta história não oferece muitas saídas e nem escolhas, implacável e possessivo, domina seus Portadores, os quais desconhecem-lhe os Verdadeiros Mistérios Arcanos nele postos pelo seu Criador, Sauron. A nobre atitude do Hobbit é comovente porque nenhuma outra pessoa ele queria como sendo torturada pelo Objeto, pois observara o estado psíquico de Bilbo e tomara conhecimento do de Smeágol pelos lábios de Gandalf. E, pelo ponto de vista de um leitor que aguarda ser sempre surpreendido, nenhum outro Personagem mesmo seria tão interessante quanto o mais improvável dentro de uma história promovido ao herói central que, a partir de um Grande Ato, estava destinado a salvar um mundo.
A chamada Sociedade Do Anel que dá nome ao livro foi formada por Frodo, Samwise Gamgi (Sam), Meriadoc Brandebuque (Merry) e Peregrin Tûk (Pippin), representando os Hobbits; Legolas de Trevamata, filho do Rei Thranduil, representando os Elfos; Gimli de Erebor, filho do Rei Glóin, representando os Anãos; Boromir de Minas Tirith, filho do Regente Denethor, e Aragorn, representando os Homens; e Gandalf, representando a Classe Dos Magos. Uma simbólica união de interesses e Povos diferentes que se propõe a um objetivo maior em comum, o qual é A Paz dentro de um momento tenebroso para o mundo deles. Momento no qual as Forças Das Trevas ter um retornaram com maior vigor do que nunca por causa do desenfreado desejo de Sauron de reaver o seu Anel, expandindo seu Olhar em todas as direções da Terra Média e exercendo uma influência estremecedora até mesmo das mais fortes mentes, almas e corpos. Há muitos eventos e personagens interessantes que surgem na jornada da Sociedade enquanto constituída como um grupo até o seu rompimento ao final do livro. Mas, antes, outros eventos e personagens surgem entre a viagem dos Hobbits até Valfenda e o reencontro com Gandalf nesta. Além da perseguição incessante dos Nâzgul, Tom Bombadill e Fruta D'Ouro destaco como os mais interessantes personagens do início do livro e gostaria que os dois tivessem muito mais espaço do que tiveram. A passagem rápida dos dois, que transmitem uma sensação de Ancestralidade e Poder dentro das Correntes Naturais, me deixou com um apetite por mais sobre eles. Infelizmente, após os dois capítulos em que são vistos de perto, só foram mencionados posteriormente. Contudo, a quantidade incrível de personalidades dos mais diversos aspectos e matizes aqui em A Sociedade Do Anel (como o Balrog de Moria e o pônei Bill, por exemplo) não faz disto um deslize ou erro de mau aproveitamento de personagens muito interessantes da parte de Tolkien.
O término do livro, como eu disse acima, já chama para si o segundo. A queda de Boromir, a separação do grupo e uma indecisão sobre o que realmente ocorrera com Gandalf em Moria na batalha travada contra o Balrog (a mais tensa parte do trajeto da Sociedade) antecipam As Duas Torres. Livro este amanhã aqui Resenhado, leitoras e leitores virtuais.
Saudações Inomináveis a todas e todos vós, Seres Do Mundo!
PS: nenhuma parte deste livro me deu sono, muito pelo contrário, diferente do filme homônimo, como acima mencionado.
J. R. R. Tolkien
O Um Anel
Página 3
Páginas 2 e 3
Página 5
Poemas originais
Páginas 590 e 591
Tengwar e Runas
Páginas 596 e 597
Trechos do Livro de Mazarbul
Páginas 599 a 601
As Portas de Durin
Página 602
Desenho de Tolkien para a dust jacket da 1ª Edição Inglesa
Página 603
O Portão Oeste de Moria
Página 604