Foto de Daria Litvinova no Unsplash
Aos tempos idos,
os dourados tempos
estampados em minhas
ancestrais memórias,
lanço o meu
grande pensamento.
Aos tempos idos,
tempos dos quais
nitidamente lembro,
ergo este pequeno
poético espaço
de um estado
poeticamente
exaltado.
Aos tempos idos,
os tempos nos quais
Gigantes
pela Terra caminharam,
Campeões
na Terra vigoraram,
Guardiões
da Terra ensinaram
e Eleitos
pela Terra viveram.
Aos tempos idos,
tempos nos quais tive
outras Vestes
e outros propósitos,
outras Vozes
e outros destinos,
outras Estradas
e outras penas,
outras lágrimas
e estas mesmas
lágrimas agora.
Aos tempos idos,
dos quais muitos
tem tanta saudade
quanto eu,
dos quais muitas
tem tanto a lembrar
quanto eu,
dos quais todos
que advém daqueles
dourados dias altos
neste planeta hoje
tão violentado
tem tanto a falar
quanto eu.
Aos tempos idos,
o meu hoje
tão raro sorriso.
Aos tempos idos,
o meu hoje
tão estranho coração.
Aos tempos idos,
o meu hoje
tão solitário pensamento.
Aos tempos idos,
o meu hoje
tão entristecido Ser.
Aos tempos idos,
o minha hoje
tão angustiada alma.
Aos tempos idos,
os melhores
terrestres tempos.
Aos tempos idos,
os melhores
terrestres momentos.
Aos tempos idos,
os melhores
terrestres registros.
Aos tempos idos,
os melhores que
não mais hão
de voltar.
Inominável Ser
BASTANTE
SAUDOSO
DOS DOURADOS
TEMPOS
IDOS