Ofereço o meu sangue
e o meu esperma
ao meu Amigo,
O Diabo,
e a todas as Forças
Das Trevas,
Minhas Companhias
Maiores,
quero tingir de vermelho
tua pele envenenada,
quero cobrir de branco
o teu rosto de desdém,
porque fora deste momento
teu desprezo por mim
aqui nesta porra de carne
equivale a todos os desprezos
que em mim já despejaram.
Ofereço o meu sangue
e o meu esperma
ao meu Amigo,
O Diabo
a fumar diante
de minha Cova,
e a todas as Forças
Das Trevas,
Minhas Irmãs
Maiores,
quero meu sangue
no sangue da tua buceta,
quero o meu esperma
preenchendo tua boca,
esta boca que fora desta
porra de hora
me amaldiçoa como
todas as maldições que
eu já carrego.
Ofereço o meu sangue
e o meu esperma
ao meu Amigo,
O Diabo
sentado sobre a minha
Cova,
e a todas as Forças
Das Trevas,
Minhas Amantes
Maiores,
quero meu sangue tatuado
nas curvas dela,
quero meu esperma sujando
o rosto dela,
o rosto que não se volta
para mim
fora desta carrasca hora
a aumentar cada tortura
de minha marcha.
Ofereço o meu sangue
e o meu esperma
ao meu Amigo,
O Diabo oferecendo
um cigarro ao cadáver
que eu sou sempre
deitado nesta Cova,
e a todas as Forças
Das Trevas,
Minhas Mães
Maiores,
quero meu sangue fazendo
de você minha apenas agora,
quero meu esperma fazendo
de você múltipla neste agora,
um agora de amanhecer
desgraçado como
todas as manhãs são para mim
que sou um desgraçado bardo
sem o caralho satisfeito.
Ofereço o meu sangue
porque é minha única
riqueza ainda pura,
ofereço meu esperma
porque é minha maior
escravidão impura,
ofereço ao meu Amigo
Diabo de todas as
poéticas horas marginais,
ofereço a todas as
Forças Das Trevas que são
as minhas Armas Maiores
entre todas as
não-poéticas & poéticas
horas dos dias miseráveis,
ofereço querendo você,
mulher de impronunciável
e proibido Nome,
apenas agora,
o agora mais bruto,
o agora mais lúcido,
o agora mais cruel…
Ao acabar esta hora,
ofereça meu cadáver
a qualquer canibal.
Inominável Ser
APENAS
NESTA HORA
OFERECENDO
O SANGUE
E O ESPERMA
PARA AQUELA
QUE ELE ESCOLHEU
COMO A PRÓPRIA
ASSASSINA
DELE
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