Ao Diabo,
Que É Uma Mulher,
No mais diabólico
Dos Altares,
Faço oferendas
De sêmen
Sobre a pele
Da Musa Maior
Do meu Inferno,
A Musa
Que se balança
Entre meus ossos,
A Musa
Que aguarda
O cadáver
Que eu serei.
Ao Diabo,
Que É Uma Mulher,
No mais espetacular
Dos Rituais,
Risco todo Nome
Que há na
Minha Perdição
E faço de meus beijos
Na Musa
De minha Escuridão
Banquetes Sagrados
De perversão
E depravação.
Ao Diabo,
Que É Uma Mulher,
No mais específico
Dos Abismos,
Me lanço para
Dentro dela
Com o pênis
Envolto pela
Lama da minha
Imundície
E o barro
Do meu escárnio
Direcionado
Aos escravos
Do Tolo
Crucificado.
Ao Diabo,
Que É Uma Mulher,
No mais fantástico
Dos Monumentos,
Faço uma
Primeira
E Última Maravilha
De todos os
Obscuros Mundos
Penetrando
Na Mulher
Dos Meus Pesadelos
Como o mais louco
E irracional
Dos Sexuais
Arquidemônios.
Ao Diabo,
Que É Uma Mulher,
No mais escancarado
Dos Patamares,
Alço um maior
Vôo
Para dentro dela,
Gozando
Na boca
Da Deusa
Das Prostitutas
Imortais
E dedando
A buceta
Da Deusa
Das Serpentes
Abissais.
Ao Diabo,
Que É Uma Mulher,
No mais fundamental
Dos Recintos,
Explode dentro
Da Minha
Esposa Inominável
Sem Coração,
Gerando um filho
Que se chamará
Augúrio Voraz
Da Decadente
Queda
De Tudo Que
Tem
Um Coração.
Ao Diabo,
Que É Uma Mulher,
No mais labiríntico
Dos Castelos,
Continuo penetrando
E gerando
Mais filhos
Na Minha
Obscura Mulher
De Todas
As Cores,
De Todas
As Torres
E De Todas
As Mortes
Quando dentro dela
Estou.
Ao Diabo,
Que É Uma Mulher,
No mais estreito
Dos Caminhos,
Abro mais As Portas
Que são
As pernas Dela
Que Tem Por Mim
Tudo Que Não É
Nem Amor
E Nem Ódio,
Nem Vazio
E Nem Cheio,
Nem Traduzível
Ou Interpretado.
Ao Diabo,
Que É Uma Mulher,
No mais tortuoso
Dos Aprendizados,
Abro mais O Livro
Que é a Infinita
Buceta Molhada
Dela,
Que Eu Não Amo
E Nem Odeio,
Que Eu Quero
E Não Quero,
Que Eu Lembro
E Esqueço.
Ao Diabo,
Que É Uma Mulher,
No mais brilhante
Dos Dias Futuros,
Faço dos meus
Descendentes
Com Ela
Um Povo
Inominável
Do Abismo
Que Dará Nome
A Toda Carne
Que É
A Adversária
Carne
Que Ele
É.
Ao Diabo,
Que É Uma Mulher,
No Mais Eterno
Dos Matrimônios,
Dou todo o
Meu Ser
Porque Ele É
A Mulher Que
Eu Tenho
Como Meu
Maior Tesouro,
Benção,
Ruína,
Desgraça
E Salvação
Na corda bamba
Dos existenciais
Acontecimentos.
Inominável Ser
O SER AMANTE
DO DIABO
QUE É UMA
MULHER
DE OLHOS
VERDES
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